Rosie e Alex vivem em Dublin e conhecem-se desde a escola primária. Sempre se mantiveram amigos e passaram juntos por muitas experiências desde a gravidez, ao casamento e divórcio. Um dia a distância separa-os: Alex parte com os pais para os Estados Unidos e Rosie sente-se muito sozinha. Consciente de que iria encontrar a felicidade junto de Alex, planeia ir ter com ele a Boston mas o destino força-a a manter-se na Irlanda. Uma série de malentendidos e azares deixa-os afastados e quando finalmente se reencontram não sabem o que fazer com a atracção que esteve sempre presente. Contado inteiramente através de correspondência escrita desde emails a cartas é um romance subtil e encantador sobre as nuances da amizade e amor.
A minha opinião:
Uma leitura incrivelmente refrescante e deliciosa.
Tudo começa com os pequenos bilhetes trocados durante as aulas na Primária. É dessa forma que ficamos a conhecer Alex e Rosie, dois melhores amigos que estariam destinados a sê-lo por toda a vida. Através desses bilhetes, mais tarde cartas, emails, sms e conversas no messenger não só entre eles mas entre diversas pessoas, familiares e amigos de ambos, ficamos a saber da vida dos dois, que apesar de interligadas sofrem constantemente de um péssimo sentido de timing.
Não quero ser considerada "spoiler" por isso mais não conto, apenas quero salientar que esta leitura me deu um grande prazer e a forma como a história nos é apresentada é realmente diferente e engraçada.
Não quero no entanto que deixar aqui a ideia que esta é apenas (ou não) mais uma história de amor.
Tal como nos seus livros anteriores ("Se me pudesses ver agora" e "P.S. Amo-te"), Cecelia Ahern faz-nos pensar na vida que levamos, nas escolhas que fazemos e acima de tudo no facto de deixarmos de perseguir os nossos sonhos.
Deixo aqui uma passagem especial:
(...) É engraçado, mas quando somos miúdos, acreditamos que podemos ser aquilo que quisermos, ir para onde quisermos. Não há limites. Esperamos o inesperado, acreditamos na magia. Depois crescemos, e essa inocência é despedaçada. A realidade da vida intromete-se no nosso caminho e constatamos que não podemos ser tudo o que queríamos, que temos de contentar-nos com um pouco menos.
Por que é que deixamos de acreditar em nós mesmos? Porque é que deixamos os factos e números e tudo o resto que não sejam os sonhos governarem as nossas vidas? (...)
MUITO obrigada Betita por esta recomendação e oportunidade ;)