"Tim" de Colleen McCullough


Sinopse
Mary Horton, solteirona na casa dos quarenta, rica, solitária, simples, acredita que não precisa de amor nem de amizade, satisfazendo-se com a sua confortável casa, o seu jardim, o seu Bentley e a casa de praia que comprou com o fruto do seu trabalho e dos investimentos realizados, com os livros que lê e a música que ouve sozinha.
Tim Melville, vinte e cinco anos, operário, é filho de Ron e Esme Melville que o receberam como uma dádiva para o seu tardio casamento. Tim tem a beleza e a graça de um deus grego, mas é um simples de espírito, uma criança grande.
No entanto, Ron e Esme, modestos operários australianos, pessoas sensatas e sem ambições, gostam dele pelo que é e preparam-no para trabalhar segundo as suas possibilidades. Tim é um trabalhador insignificante de uma empresa de construção civil, infatigável e esforçado. Dias de trabalho pesado e fins-de-semana passados com o pai num pub e noites tranquilas junto da família, a ver televisão, representavam para Tim toda a sua perspectiva de vida.
Quando Mary encontra Tim e o contrata como jardineiro durante os fins-de-semana, uma ligação muito forte vai nascer entre eles. Mary sente por Tim o mesmo tipo de amor que sentiria pelo filho que nunca teve; Tim, em contrapartida ensina-lhe a ver o mundo de uma maneira mais simples e optimista, trazendo à sua vida solitária o calor e o afecto que lhe faltavam.
Tim, o primeiro romance de Colleen McCullough, tem já de Pássaros Feridos e Uma Obsessão Indecente que se lhe seguiram, a sensibilidade e a segurança das personagens e a mestria inconfundível de uma história bem contada.

A minha opinião:
Esta autora é sem dúvida uma excelente contadora de histórias. Por muito que a história não nos agrade ou que não nos convença, a forma como está escrita cativa-nos a continuar e apenas nos damos por satisfeitos quando chegamos à última página.
Foi o que me aconteceu com esta história.
É uma história algo diferente do normal, propensa a escandalizar alguns e a tocar outros.
Confesso que fiquei a meio termo.
Não posso negar que a espiritualidade manifesta daquela relação era muito forte, o que a tornou aos meus olhos bastante comovente, mas na verdade o factor físico que se materializou mais tarde, veio a denegri-la um pouco.
Uma coisa é certa, se a personagem de Mary não me convenceu, a personagem de Tim tocou-me profundamente. Pessoas como ele são seres especiais, anjos disfarçados que entram nas nossas vidas e nos modificam. Quem já conheceu alguém assim, sabe do que falo. Só por ele e pelo evoluir da sua personalidade apoiado no amor "da sua Mary" este livro já valeu a pena.

(Obrigada Lígia por mais este empréstimo)
B.O.
Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
Copyright 2005-2024 Blogger Template Ipietoon (Adaptado por Fernanda Carvalho - a escrever sobre livros desde 2005)