Sinceramente não sabia bem o que esperar desta leitura, mas julgo que toda e qualquer ideia que eu fizesse estaria certamente incompleta, já para não dizer, errada.
O que espera cada um de nós da vida depois da morte?
A resposta, ou melhor, quarenta das possíveis respostas estão aqui. E que respostas mais incríveis!
Não sou adepta de revelar muito sobre um livro quando escrevo a minha opinião, pois acredito que a surpresa torna a leitura bem mais interessante, mas à laia de aperitivo, e quase como numa conversa entre amigos, aqui fica o resumo de um desses pequenos contos:
Imagina um mundo onde apenas existem as pessoas que tu conheces.
Todas as pessoas que um dia conheceste e das quais te lembras.
Todos os teus amigos e inimigos, todos os namorados, incluindo os que te partiram o coração ou aqueles que tu desprezaste, a tua família, os teus colegas e ex-colegas, patrões e ex-patrões, o homem do café e a senhora da mercearia.
Imagina como seria interessante… e ao mesmo tempo assustador.
Agora imagina como as ruas da cidade estariam desafogadas. Sim, porque continuavas a viver na mesma casa e a trabalhar no mesmo sítio.
Inicialmente, aposto, até te sabia bem.
Mas depois… bem, depois começarias a sentir-te sozinho.
Sentias falta dessas multidões ausentes, das “famílias desconhecidas a atirar migalhas de pão aos patos” no parque e a fazer-te sorrir com as suas gargalhadas.
Sentias falta das pessoas que poderias ter vindo a conhecer.
Mas as tuas queixas caíam em saco roto.
Nenhum dos teus conhecidos percebia o porquê dessa tua angústia.
Afinal esse tinha sido exactamente esse caminho que havias escolhido quando ainda estavas vivo.
Por mais inverosímeis que se nos apresentem, estas teorias acabam por nos fazer pensar. Sobre a nossa existência, sobre aquilo que é realmente importante e significativo nas nossas vidas.
Cogito, ergo sum / Penso, logo existo é sem dúvida o título mais que perfeito para este pequeno livro que me surpreendeu .
Disponível numa livraria perto de si a partir de 18 Maio 2010.
Sinopse:
Este é um livro para que não existe termo de comparação. À medida que vai lendo estes quarenta contos, tão breves como vinhetas, que ressumam humor e ironia na mesma medida da sua originalidade e desafiadora subtileza, torna-se claro que cada versão da vida depois da morte exclui todas as outras, e qualquer coisa de mais vasto emerge deste mosaico. De certa forma estes contos criam inusitadas e intrigantes novas perspectivas sobre a nova vida presente. David Eagleman é um neurocientista e defende que a prática científica exige precisamente uma atitude perante a criação que permite manter uma mente aberta a todas as possibilidades.
David Eagleman é neurocientista e autor de ficção. Durante o dia dirige o Laboratório de Percepção e Acção e um projecto de Iniciativa sobre Neurociência e Lei, do qual é fundador, no Bayllor College of Medicine. Tem-se distinguido pelo trabalho de investigação sobre percepção do tempo, sinestesia e relação entre neurociência e sistema legal. À noite cultiva a sua vertente de ficcionista. Cogito Ergo Sum (Sum: Forty tales from the After Lives, 2009) é o seu livro de estreia e tornou-se um bestseller internacional.
CITAÇÕES IMPRENSA ESTRANGEIRA
«Eagleman é verdadeiramente original. Leiam Cogito Ergo Sum e deixem se deslumbrar.» - Time Magazine
«Uau!» - New York Observer
«Acontece sempre algo interessante quando os pensadores de orientação científica escrevem ficção... Este pequeno livro distingue-se pela pujança e fervilhante imaginação. É uma esplêndida catedral, reinventada e destilada entre capa e contracapa.» - LA Times
«Um livro impressionante e original... o leitor vai certamente querer relê-lo vezes sem conta... Tem aquela indescritível, assombrosa qualidade do génio.» - Observer
