A história passa-se na segunda metade do século XIX, e a protagonista é uma jovem burguesa, Amélia, filha de um juiz e de uma mãe eternamente doente. Ora Amélia, como todas as jovens casadoiras naquele tempo, tem de se sujeitar ao que o pai lhe propuser para marido, e quando um candidato de famílias nobre e com uma bela figura lhe aparece à frente, ela julga ter um futuro risonho e promissor. E aparentemente tudo indica que sim, mas os planos de Henrique são muito diferentes do que ela, ou o pai, poderiam suspeitar. E mais não digo. ;)
É uma excelente crítica à sociedade da época, em pleno revirar político da monarquia para a república, tema que a meu ver a autora poderia ter explorado um pouco mais. Gostei imenso de conhecer intimamente Amélia. Afinal a história é narrada pela própria. Os seus pensamentos, as suas ideias, e o contar dos acontecimentos após o facto, tudo isso contribui para que o leitor fique preso à leitura logo após as primeiras páginas.
Júlia Pinheiro, confirma-se, é uma autora a não perder de vista.
Mais por favor, Júlia. ;)
Muito bom. Recomendo sem hesitações.
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