Da primeira
vez que li "O Quarto de Jack" (opinião aqui), e recordo-o como se fosse ontem, senti-me como se
tivesse sido atingida com grande intensidade por algo de que não estava à espera. Agora
que o reli, voltei a sentir o mesmo “ataque”, a mesma intensidade de emoções.
Não
sei se será porque vamos descobrindo a história pela boca de uma criança de 5
anos. Não sei se porque nos últimos tempos têm havido tantos casos reais similares,
ou se porque falamos da perda da liberdade e principalmente de uma criança que
se torna mãe de outra criança.
A
relação entre os dois, mãe e filho, é algo absolutamente incrível. E a forma como a autora consegue captar a magia que existe nesta relação é extraordinária.
Creio que ela, Emma Donoghue, a autora, é sem dúvida uma pessoa especial. A intensidade da sua escrita, que nos
leva à reflexão, ao mesmo tempo nos inunda de sentimentos, é algo fora do normal.
E
depois há Jack. A sua resiliência perante a adversidade, apesar de não ter bem
a consciência da mesma, a sua força e a sua inocência… fiquei mais uma vez apaixonada
por esta personagem de “palmo e meio”. E agora que estou prestes a poder ver a
história no grande écran, espero não me desiludir com a escolha do menino que
faz o papel de Jack.
Espero sinceramente que a autora tenha estado muito envolvida no filme, de forma a que o mesmo seja
o mais fidedigno ao livro, porque a meu ver, ele é perfeito.
Recomendo
a sua leitura sem nenhuma hesitação. E de preferência antes de verem o filme,
para que possam usufruir melhor da experiência.
Um
grande livro mesmo. Uma história que nunca me abandonará.
Para mais informações sobre esta nova edição de "O Quarto de Jack", podem espreitar aqui ou visitar a página do mesmo no site da Porto Editora » aqui.