"A Casa na Praia" de Daphne Du Maurier (OPINIÃO)


Há muita gente que não conhece Daphne Du Maurier. Desde que a Editorial Presença a publicou em 2009 tenho tentado ler tudo o que esta autora escreveu. Há algumas edições antigas dos Livros do Brasil, mas confesso, prefiro ler uma edição mais atual. E aí, dou graças a Deus pela Editorial Presença que ao longo destes anos lança um livro dela de tempos a tempos. Foi o caso de A Pousada da Jamaica, Rebecca, A Minha Prima Rachel e agora, A Casa na Praia.

Bem, para quem não sabe quem foi Daphne Du Maurier, ou o que escreveu, passo a fazer um pequeno resumo: Daphne nasceu em Londres em 1907, era filha de atores e neta de um escritor, por isso podemos crer que a arte da escrita que lhe corria nas veias. Em 1936, deu-se o primeiro encontro da obra desta jovem autora e o famoso realizador de cinema Alfred Hitchcock. O seu livro A Pousada da Jamaica foi adaptado ao grande écran, mas seria apenas com Rebecca em 1940 que a dupla produziria frutos - o filme ganhou o Óscar de Melhor Filme e Melhor Fotografia (a preto e branco), para além de ter sido nomeado em onze das mais importantes categorias.
Aposto que muitos de vós ainda não sabe de quem falo. Ok. E se eu vos falar de um dos mais famosos filmes de Hitchcock, Os Pássaros? Sim. É também uma das histórias de Daphne. Acredito que tenham ficado curiosos com esta autora. Procurem-na. Vale a pena!

Em relação a este livro que hoje vos trago, A Casa na Praia, foi publicado originalmente em 1969 mas é tão atual que impressiona. A autora apresenta-nos um autêntico conto de assombrar, puxando-nos em ato contínuo para dentro da história. Lido à média luz num ambiente recatado e fustigado pelo vento, acredito que produziria efeitos arrepiantes. Abordando o tema das viagens no tempo, que não é dos meus temas favoritos, ela consegue contar uma história dentro da história principal, sendo que o protagonista principal se torna num mero espectador nessa outra época. Adorei as descrições dos locais, as diferenças do antes e depois, todas as personagens agarradas ao seu tempo. A forma como ela escreve é magnífica. Ajuda-nos a situar, entendem? E para além disso, já vos disse que a Cornualha é um daqueles sítios que hei-de um dia visitar? ;)


Enfim, apesar de não ter sido um dos meus livros favoritos da Daphne, gostei muito de poder apreciar novamente a sua escrita e a forma como tece os seus enredos. Recomendo.

P.S. Na imagem encontram a verdadeira casa na praia, local onde Daphne se inspirou para escrever esta história. Não é um local lindíssimo? Estava à venda há uns anos por 3 milhões de libras. ;)
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