Quando Nadia Kinsella conhece o charmoso Jay Tiernan sente-se tentada. Retidos numa casa remota durante uma tempestade de neve, temos de admitir, nunca ninguém descobriria, certo? Mas Nadia há muito que encontrou o amor da sua vida. Chama-se Laurie, estão juntos desde sempre e Nadia ainda sente borboletas no estômago quando o vê. Bem, é verdade que não o tem visto muito nos últimos tempos, mas isso nem é culpa do Laurie. E ela não o pode trair! Para além do mais, quando se pertence a uma família como os Kinsellas , onde cada um é mais irresponsável do que o outro, alguém tem de dar explicações e resistir à tentações, não é? Afinal, não queremos fazer algo de que mais tarde nos arrependamos. Ou será que queremos?
A minha opinião:
Quem não gosta de ver uma boa comédia romântica? (Estou a falar de filmes, e sim, esta é uma pergunta principalmente para as meninas!!) Quem não se lembra da namoradinha da América, a doce Meg Ryan? Dos filmes com Billy Christal ou Tom Hanks?
As comédias românticas são filmes que nos fazem rir, nos fazem chorar, e nos fazem o coração mais leve. Um dos últimos que me lembro ter tido esse efeito em mim foi “O Amor Acontece”, com um elenco fantástico e uma confusão de histórias entrelaçadas, com um ponto em comum – o amor, os diversos tipos de amor.
Pois foi exactamente algo assim que encontrei neste livro! Quase podia jurar que ía encontrar o Hugh Grant ,o Colin Firth ou a Keira Knightley ao virar da página.
“Irresistível Tentação” parece-me ter um óptimo potencial para ser adaptado ao grande écran. Eu sem dúvida não iria perder um filme assim!
Ao contrário do que a simples sinopse dá a entender, esta história é muito mais que uma história sobre tentações. Esta história baseia-se numa família, talvez um pouco fora do comum e algo louca, mas sem dúvida muito coesa. Nádia e Clare são duas irmãs de vinte e poucos anos que vivem com o pai e a avó. Com elas vive também a sua meia-irmã de treze anos, Tilly – filha da mesma mãe que as “abandonou” a todas, mas que de vez em quando aparece para uma visita com o seu namorado mais recente. Esta é a receita certa para a confusão!
É mesmo uma história muito gira, contada a um ritmo alucinante, mas que nos faz pensar nas prioridades da vida ao mesmo tempo que nos divertimos com as peripécias mirabolantes daquela família.
A única coisa que me pareceu completamente errada foi a linguagem da avó. Falava “à tia”, tratando todos por “você”, incluindo netas, filho e amigos. Isso para mim foi um grande erro da parte do tradutor ou da editora (não sei quem o decidiu), mas aconselhava-os a rever essa situação em próximas edições. A avó não era nada assim! Era uma pessoa espectacular, muito jovem de espírito e com um carinho enorme pela sua família. Nada do género “A menina ’tá a ver?”!!
De resto, estão todos bem retratados. Incluindo o papagaio. :P
Diverti-me imenso! É um excelente livro para desanuviar a cabeça dos problemas do dia-a-dia.