Towner Whitney, uma mulher enigmática e fascinante, descende de uma família de mulheres de Salem que têm a capacidade de ler o futuro nos padrões da renda típica da cidade.
Após uma vida de traumas e tragédias que a leva a exilar-se na Califórnia, Towner regressa à sua cidade natal, em busca da tia-avó, Eva, desaparecida misteriosamente.
Towner vê-se, assim, obrigada a enfrentar os medos do seu passado e a verdade das tragédias na sua família.
A Promessa é uma narrativa hipnotizante que desvela um mundo de segredos, identidades perdidas, mentiras e meias-verdades, onde a realidade e a ficção se unem inexoravelmente.
A minha opinião:
Depois de ter falado nestas dicas, pego num livro e não sigo os meus próprios conselhos! Devia ter desistido desta leitura logo no início. Antes de me envolver na história o suficiente para ter de tentar descortinar toda aquela confusão. Mas, a verdade é que não teria aprendido sobre a localidade de Salem, em Massachussets. Como sobrevive ainda hoje à sombra do seu passado histórico. Embora tenha sido um importante porto comercial, Salem ficou conhecida pelo episódio das Bruxas de Salem - os últimos julgamentos por bruxaria em 1692.
A história em si é estranha e algo louca, não fosse a protagonista principal, Towner Whitney, nos informar logo inicio que é uma mentirosa e que é louca. Não achei que fosse um bom augúrio para o desenvolvimento da história, mas continuei.
Foi-me entretanto apresentada Eva, a tia-avó de Towner, que tinha desaparecido. Não quero entrar muito pela história a dentro, mas digamos que foi uma das personagens que mais me agradou, embora se falasse dela apenas no passado. Utilizava profusamente ditados, frases feitas e clichés nas suas conversas, dando um estranho sentido ao que na verdade dizia. Até mencionei aqui um desses ditados.
Mas afinal de que fala este livro? Fala das bruxas dos nossos dias, das videntes de rendas, de um grupo de mulheres de chapéus vermelhos e de uma ilha povoada de cães selvagens e mulheres sobreviventes. Fala-se de complexas relações familiares e de acontecimentos que marcam toda uma vida. Confesso que por vezes me senti perdida na vertigem do pensamento de Towner, e tantas vezes estive para desistir desta louca leitura. Mas continuei, sem saber bem porquê.
Estranho, é realmente a palavra que mais se adequa para descrever este livro.
Se perdi tempo com ele? Continuo sem saber o que responder…