Três mulheres em busca de amor e redenção, na apaixonante sequela de Irmãs de Sangue
Hannah, Sarah e Camilla partilharam uma infância mágica e feliz no Quénia. Anos depois, as três jovens mulheres regressam às terras altas da África Oriental e àquele que é agora um país independente.
Hannah luta para preservar a sua memória na fazenda Langani, alvo de uma série de ataques violentos que ameaçam a sua segurança e casamento. Sarah está a estudar o comportamento dos elefantes numa zona perigosa devido à acção de caçadores furtivos, refugiando-se no trabalho para superar a morte do seu amor de infância. Camilla, um ícone mundial da moda, abandona a sua carreira em Londres e regressa ao Quénia por amor a um carismático caçador e guia de safáris. Mas um segredo paira sobre elas. Com a ajuda de um ambicioso jornalista indiano, elas vão desvendar a verdade por detrás da morte do noivo de Sarah e dos constantes ataques à fazenda e às suas vidas. As paixões e provações por que passam estas inesquecíveis heroínas, unidas uma vez mais pela amizade e pelo amor ao país das suas infâncias, fazem de Um Fogo Eterno um romance épico e magnífico.
A minha opinião:
Quando soube que o grandioso “Irmãs de Sangue” ía ter uma sequela fiquei muito admirada. A experiência dita que as sequelas, tanto em livros como em filmes, raramente são bem conseguidas e quando tive o livro nas mãos, nem queria acreditar. Eram novamente seiscentas e tal páginas! Confesso que a dúvida passou pela minha mente, será que as irmãs Keating me iriam desiludir?
Nem pensar!
Elas propuseram-se a fazer o que muito poucos se atrevem: criar a sequela de um épico, tão ou mais grandiosa que esse primeiro livro.
Mais uma vez me vi transplantada para o Quénia, esse país de contrastes cujo o nome evoca beleza, aventura e mistério. Em Langani a vida continuou, mas as mazelas dos acontecimentos que ditaram o destino das três amigas, deixaram cicatrizes profundas que ainda não sararam. Para além do mais, as razões para o que aconteceu ainda permanecem um mistério, que virá à luz do dia durante esta apaixonada narrativa.
Neste livro está bem latente a importância da honestidade e do amor, que são na verdade os ingredientes essenciais para que uma amizade prevaleça sobre as dificuldades e os problemas.
Historicamente é também um relato muito rico, levando-nos a entender, através do ponto de vista humano, as razões para os confrontos entre os nativos e o homem branco, bem como entre britânicos e indianos.
Uma característica que devo referir, é que o livro é perfeitamente compreensível para alguém que não leu o primeiro. Apesar de tão extenso, não repete a história dando-lhe apenas uma continuação, pontuada com detalhes importantes para que o leitor se aperceba, ou recorde, dos acontecimentos do primeiro livro.
As irmãs Keating merecem novamente as minhas 5 estrelas, e não me admiro nada se daqui a uns tempos aparecer um terceiro livro. Elas têm capacidade para isso!