"Mil Sóis Resplandecentes" de Khaled Hosseini


Sinopse:
Há livros que se enquadram na categoria de verdadeiros fenómenos literários, livros que caem na preferência do público e que são votados ao sucesso ainda antes da sua publicação.
Há já algum tempo que se ouvia falar de "Mil Sóis Resplandecentes", do afegão Khaled Hosseini, depois da sua fulgurante estreia com "O Menino de Cabul", traduzido em trinta países e agora com adaptação cinematográfica em Portugal. A verdade é que assim que as primeiras cópias de "Mil Sóis Resplandecentes" foram colocadas à venda, o romance liderou o primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Holanda, Itália, Noruega, Nova-Zelândia e África do Sul, estando igualmente muito bem classificado no Brasil e em França. A própria Amazon americana afirmou que há muito tempo não tinha visto um entusiasmo tão grande a propósito de um livro. Devido ao elevado número de encomendas, nos Estados Unidos, foram realizadas cinco reedições ainda antes do livro chegar às livrarias e na primeira semana após a publicação, já tinham sido registadas um milhão de cópias em circulação. É pois um caso verdadeiramente arrebatador que combina preferências populares potenciadas pelo efeito de passa-palavra às melhores críticas internacionais.
Confirmando o talento de um grande narrador, "Mil Sóis Resplandecentes" passa em revista os últimos trinta anos no Afeganistão através da comovente história de duas mulheres afegãs casadas com o mesmo homem, unidas pela amizade e pela dor proveniente dos abusos que lhes são infligidos, dentro e fora de casa, em nome do machismo e da violência política vigente durante o regime taliban, mas separadas pela idade e pelas aspirações de vida.
Um livro revelador, que aborda as relações humanas e as reforça perante reacções de poder excessivo e impunidade.

A minha opinião:
Existem livros que nos divertem e nos distraem dos problemas do dia-a-dia, e que por vezes bem precisos são!
Existem outros que nos ensinam algo ou nos fazem viajar. Outros ainda que nos fazem suspirar e sonhar. Mas existem uns quantos, preciosos, que nos tocam de tal forma que nos chegam a modificar, e que por isso nunca os iremos esquecer.
Penso que este livro é um deles.
Tanto se falou deste livro quando foi lançado que verifico agora ter sido justificado. É um romance magnífico, um verdadeiro hino ao amor e à amizade.
Mariam e Laila são duas mulheres extraordinárias, cujas vidas tocadas pela guerra se entrelaçam de uma forma comovente e inspiradora.
Cabul, local onde maioritariamente se passa a acção, é uma cidade castigada por três décadas de conflitos. Primeiro os russos, depois os mujahidin seguidos pelos terríveis talibans. Todos eles contribuiram para a ruína do Afeganistão, e ao longo da história da vida das duas mulheres, acompanhamos também a evolução desse país, conforme os líderes que lhe traçam o rumo.
Mas atenção. Não é um romance lamechas, daqueles que nos horrorizam e nos fazem derramar um rio de lágrimas. É um relato consciente, realista, sobre uma situação que afectou (e afecta) um país, um povo. É um relato sobre uma forma de vida e de sobrevivência à guerra. Mas é, acima de tudo, o relato sobre a amizade e a solidariedade feminina.
Acabei de ler a última página deste livro com um sorriso nos lábios e de olhos húmidos.
É uma história que tão cedo não irei esquecer.

Muito obrigada Melrita por este conselho e oportunidade!
Em www.bertrand.pt

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