Não sou grande fã de Júlio Magalhães, mas a verdade é que desde
que li o livro “Um Amor em Tempos de Guerra” e logo a seguir "Longe do meu Coração" tenho perseguido as suas
publicações. Agrada-me o facto das suas estórias terem sempre um enquadramento temporal
que me apela – a época de Salazar e do pós-revolução.
No entanto, quis-me parecer que neste último romance o autor
deu primazia à história romântica em detrimento do contexto histórico, que é na
verdade, o que enriquece os seus livros.
Soube-me, por isso, a oco.
O tema, a Guerra Civil Espanhola, e principalmente a
participação portuguesa na mesma, é sem dúvida um tema riquíssimo e daria pano para
mangas. Achei que foi mal explorado e nem mesmo as histórias pessoais das personagens
foram condignamente esmiuçadas, tendo autor optado pela repetição (por exemplo,
é referido imensas vezes que a irmã de Pedro e Duarte, Teresa, assumiu o papel
da mãe que morreu quando eram novos).
Enfim, pouco mais há a dizer. Apesar de ter sido uma leitura fácil e algo agradável,
fica muito aquém do “Longe do meu Coração“ que me encantou.
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