Três gémeas (duas delas idênticas) fazem 34 anos e praticamente matam-se umas às outras no seu jantar de aniversário. A cena que abre o livro é uma cena que acontece quase no fim da história, e muita água corre debaixo da ponte antes dela acontecer. Se bem que muita água também corre a seguir. ;)
Esta crónica da vida das gémeas é por vezes hilariante, outras vezes triste, tal como a vida, certo? A relação entre as três talvez seja um reflexo exacto das relações fraternas de muitos de vós, um amor / ódio inexplicável, mas onde o sangue fala sempre mais alto e no final acaba sempre tudo bem, embora tenham sido feitos alguns "acertos". Gosto de ler histórias deste género, que refletem a vida tal como ela é. Sem subterfúgios. E Liana Mortiarty, para mim, é exímia a escrevê-las.
As personagens que acompanham as gémeas nesta aventura compõem o ramalhate extraordinariamente bem. Enquanto lemos, apercebemo-nos que após um acontecimento - e há muitos! - ficamos à espera da reação dos outros, pelo que dá para perceber como aquela família, e praticamente todas as famílias, estão presos por fios uns aos outros. É uma verdadeira teia familiar, onde quando um se mexe, os outros sentem e acabam por se mexer também. Não me importava nada de ver um filme com estas personagens e enredo. Talvez Hollywood esteja atento! ;)
Resumindo e concluindo, foi uma leitura que adorei. Com ela sorri, chorei, ri a valer, fiquei furiosa e enterneci-me. E se um livro é bom quando nos provoca emoções fortes, bem, então este é excelente. Liane Moriarty é um nome ao qual devemos continuar atentos!