A força incomparável do verdadeiro amor numa história marcante de uma comunidade a braços com um mistério devastador e de uma mulher que recupera o amor que acreditava estar perdido para sempre.
Um jovem de dezoito anos sai de casa, numa noite de Verão, e é encontrado morto - assassinado - menos de vinte e quatro horas depois. As pessoas lamentam o trágico acontecimento, mas a vida continua. Contudo, e se o jovem fosse o nosso filho? Ou o nosso verdadeiro amor?
Quase um ano após a morte do filho, a cantora e compositora Sheridan ainda não consegue tocar uma única nota. Refugiada na casa de praia, vive paredes-meias com as memórias e com uma dor demasiado profunda para partilhar com quem quer que seja. Nem tão poço consegue consolar a namorada de Charlie, Nell Kilvert. A jovem, por seu lado, não descansará enquanto não descobrir o que aconteceu de facto ao seu amor, decide, então, chamar alguém que vai mudar a vida de todos - a alma gémea de Sheridan, Gavin Dawson.
Num barco ao largo de Hubbard’s Point, Gavin observa a casa da mulher que sempre amou. Sheridan havia também, um dia, acreditado no poder do amor. Mas essa crença morreu com o filho…
Profundamente emotivo, O Último Beijo evoca o poder do passado para sarar os corações partidos, mas também para reabrir velhas feridas, numa inesquecível história de amor.
A minha opinião:
Os livros podem causar ao leitor uma série de emoções e reacções físicas.
Ficar emocionado e chorar é a mais comum, e confesso que não são poucas as vezes que isso me acontece (sou mesmo uma lamechas :P). Também nos pode despertar desejos, de um determinado tipo de comida, por exemplo (não sejam malandrecas!). Aconteceu-me isso com o livro “Irmãs tão Queridas” pois a forma como falavam do chocolate era absolutamente tentadora, ou há bem pouco tempo com o livro “Quero-te Muito” em que um dia o jantar teve mesmo de ser pizza tal eram as vezes que a mesma tinha surgido durante a leitura (a acção passava-se em Roma).
Agora… esta nunca me tinha acontecido!
Arrepios! Sim, arrepios!! Mais ou menos a 1/4 do final do livro eis que começa o arrepio em determinadas passagens. Impressionante!!
Na verdade, e quem leu outros livros desta autora sabe-o bem, há sempre uma forte influência irlandesa. E este livro não é excepção, bem pelo contrário. A força da magia irlandesa está bem patente e há alturas em que não podemos deixar de nos impressionar.
Sheridan (mãe) e Nell (namorada) vêem as suas vidas viradas do avesso ao perder Charlie. É certo que têm o apoio da família, dos amigos e de toda uma comunidade, mas isso não é o suficiente. Há que desvendar o mistério que envolve a morte de Charlie. Para isso surge um fantasma do passado – Gavin, que vai investigar as circunstâncias que levaram a tal tragédia. Mas a presença dele vem despertar sentimentos há muito adormecidos e em breve nota-se que a cura de Sheridan passa também pela aceitação de que há coisas que estão escritas e que mais cedo ou mais tarde têm de se cumprir.
Julgo que a verdadeira magia está na forma magnífica como a autora consegue explorar e nos transmitir os sentimentos das suas personagens. A tristeza e a dor acompanhadas por uma melancolia latente ao reavivar os sentimentos do passado são algumas das emoções que podemos sentir vibrar através das páginas.
É uma leitura lindíssima, que recomendo!
Belíssimo!
(Obrigada querida Bé por mais este empréstimo!)