Houve alturas em que tive mesmo de parar de ler e fechar o livro, de tão danada que me encontrava. Nessas alturas de frustração, foi uma sorte não o ter atirado contra a parede - e ainda bem, pois como é emprestado teria de o repor! ;)
Sim, Jenny, a personagem principal, irritou-me imenso. Pela sua fraqueza, pela sua inércia, por ser tão "duh-uuuh", tanto que quase achei ser impossível existir alguém assim. Mas no final, acabo por concordar que realmente uma mulher pode chegar aqueles extremos. O jogo psicológico de poder, consegue destruir todo o carácter, atacando-o nos pontos onde se encontra mais fragilizado. Foi o caso.
É uma história enervante e irritante, com um bom nível de thriller e suspense, à boa maneira de MHC.
No entanto o desenrolar da história não deixa de ser previsível, que é a característica que mais me desilude neste género de livros, e que infelizmente é muito constante nas obras desta autora.
Mas gostei. Principalmente quando a Jenny finalmente “acorda” daquele marasmo. ;)
Curiosidade: Em 1992 esta história foi lançada para o grande écran, num filme com o mesmo título: "A Cry in the Night" - Um Grito na Noite. Jenny foi interpretada pela filha da autora, Carol Higgins Clark, que também entrou em diversos outros filmes baseados em livros da autora.
Carol Higgins Clark é também autora de diversos policiais, para além de ter sido co-autora outros tantos em conjunto com a sua mãe.
Sinopse:
Jenny, uma mulher divorciada e com dois filhos, é completamente seduzida por Erich, um pintor de sucesso e bastante atraente. Seis semanas mais tarde, casam-se. Mas os crescentes ciúmes de Erich começam a fazê-la sentir-se em perigo. Jenny não podia imaginar que o seu novo marido é um assassino, que apenas casou com ela para tentar apaziguar um pecado que cometera antes: a morte da própria mãe.