"As Horas Distantes" de Kate Morton

Certos livros conseguem transmitir um determinado estado de espírito. Não sei se me faço entender… Talvez seja mais fácil de perceber quem leu "O Monte dos Vendavais", "Rebecca" ou ainda "Jane Eyre"... aquele prenúncio de mau estar, aquela inquietude, a atmosfera que envolve a história à medida que a vamos desfolhando. É isso que encontramos também aqui.

O enredo é propício: um castelo; duas velhas irmãs gémeas cheias de segredos e cumplicidades que cuidam de uma terceira, ligeiramente mais nova, mas condicionada por uma ausência mental, um passado envolto em mistério; e um livro, uma história infantil que rasteja por entre as pedras milenares até às mãos de uma jovem editora, cuja vida, sem que ela perceba muito bem como, se encontra envolvida e enredada pela mesma madressilva que rodeia o castelo e a sua história.

Foi sem dúvida uma leitura interessante e envolvente. Dei por mim literalmente a suspirar de alívio ao chegar ao fim do livro, e o nevoeiro finalmente se dissipou e tive a noção do que aconteceu naquelas horas distantes, perdidas no tempo.

Como já provou anteriormente, Kate Morton é uma autora absolutamente viciante. Adorei ler “O Segredo da Casa de Riverton” e “O Jardim dos Segredos”, e fico ansiosamente à espera que nos deslumbre com uma nova história de arrepiar.

Para mais informações sobre este livro podem consultar aqui ou visitar o site da Porto Editora.
Em www.bertrand.pt

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