Opinião: "A Camareira" de Nita Prose

Que livro!!! Que história maravilhosa!!! Apaixonei-me pela personagem principal, Molly Gray, e a sua forma ímpar de ver o mundo. Se este é o romance de estreia de Nita Prose, mal posso esperar pelos que lhe irão seguir.

A Camareira foi o livro escolhido para a minha leitura noturna, ie. no Kobo, antes de dormir. Pois, admito: foi uma péssima escolha! Isto porque a história me entusiasmava tanto que poucos foram os dias em que consegui pousar o Kobo a horas decentes.

Molly Gray vê o mundo de uma forma diferente. Sofre provavelmente de algum transtorno do espetro autista, já que tem grandes dificuldades nas interações sociais. Sempre teve a ajuda da avó para lhe "explicar" o mundo, mas recentemente a sua avó morreu e Molly encontra-se um pouco desamparada.

Ela é camareira no Hotel Regency Grand, e a sua paixão (leia-se obsessão) pela limpeza e organização, torna-a perfeita no seu trabalho. Mas Molly não se limita a limpar e a "deixar os quartos num primor". Ela observa e sabe tudo o que se passa à sua volta, embora nem sempre consiga ver para lá do óbvio.

Um dos hóspedes mais importantes do Hotel aparece morto e é Molly que o descobre. Antes que dê por isso, devido ao seu comportamento um pouco diferente, ela é considerada suspeita. Está lançado o mote.

O que acontece depois, torna este livro num verdadeiro page-turner. Escusado será dizer que adorei! Adorei a forma como está escrito, adorei as personagens, adorei a cadência das cenas, e o desenrolar do mistério, levando o leitor ao clímax final.

Recomendo!!


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Opinião: "Árvores Tombadas" de Rui Conceição Silva

Mais um livro excecional pela mão deste autor que já me conquistou há alguns livros atrás.

As palavras que lhe saem da pena são pura poesia e as histórias, ecos de um passado ainda tão presente.

Alternando o narrador conforme nos viramos para ouvir este ou aquele pensamento, é uma história de desamores, tristezas e mágoas, de vidas duras no Portugal profundo dos anos 40. 

A riqueza da construção das suas personagens, faz-nos esquecer o destino, e obriga-nos a apreciar a viagem. Os acontecimentos sucedem-se, e o nosso coração reluz de nostalgia, senão por uma época, pelo menos por um lugar onde o céu era mais azul.

Foi uma leitura que me deu imenso prazer. As palavras de Rui Conceição Silva são palavras a não perder de vista.

Bem haja!


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Opinião: "Não Contes a Ninguém" de Gregg Olsen

Embarquei nesta leitura a pensar que era ficção (lá está a minha mania de não ler as sinopses a atraiçoar-me.) Quando percebi que não o era, já estava fisgada.

Gregg Olsen, o autor, escreveu mais de 30 livros, muitos deles ficção, mas especializou-se nas histórias de crimes reais. Este livro é um deles. Retrata a história das irmãs Knotek e o que elas sofreram às mãos da sua mãe Shelly Knotek.

Não foi um livro fácil de ler, mas da mesma forma que é difícil não olhar para um acidente na estrada, foi-me impossível não ler até ao fim.

Fiquei horrorizada com a maior parte das cenas, mas percebi que o autor conseguiu transmitir os acontecimentos quase friamente, não aferindo mais emoções ou drama àquilo que já era suficiente mau. Isso mostra que é um bom autor / jornalista / investigador.

É uma história sobre o Mal na pessoa de uma mãe. Shelly Knotek nunca mais deveria ver a luz do dia.


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Opinião: "O que Guarda o Rio" de Isabel Ibañez

Esta foi uma leitura que muito me agradou. Não fosse o final repentino sem o exemplar do seguimento na mão e eu teria gostado ainda mais. Infelizmente, só mesmo no fim do livro é que percebi que teria continuação um próximo livro. 

Mas gostei, não posso dizer que não gostei.

Passado no Egipto, com aquela aura dos anos 20/30 e um aroma a mistério antigo, tão típico nos livros de Agatha Christie, e lá fui eu. Passei umas boas horas junto ao Nilo.

Acaba por ser um romance histórico bastante interessante, não deixando de ser divertido. A personagem principal, Iñez Olivera, e a sua determinação levou-me ao riso por diversas vezes. Gostei também do cheirinho a magia e claro, do tom romântico sempre latente ao longo da narrativa.

É uma leitura leve e divertida. Mas fico à espera do próximo  livro para me pronunciar definitivamente.


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Opinião: "À Espera de Um Milagre" de Nicholas Sparks

De vez em quando sabe bem regressarmos a um autor conhecido, daqueles que já conhecemos o tom da escrita e cujas histórias nos aquecem o coração. Para mim, um desses autores é Nicholas Sparks.

Para além de já ter tido o privilégio de o conhecer, e até de aparecer na caixinha mágica a falar sobre os seus livros (podem ver aqui), sempre que é publicado um novo, eu tenho de o ler. São histórias que podiam ser reais, e ter acontecido a alguém nosso conhecido. 

E esta história é mais uma das histórias típicas de Nicholas Sparks. Adorei as personagens por ele criadas. Estão todos muito bem desenvolvidas, algo em que o autor é exímio. Mas há uma que tocou especialmente o meu coração - Jasper.

É impossível ficarmos indiferentes a Jasper, um homem cuja vida espelha a de Job, com tantas bênçãos como tragédias. E na verdade, a pergunta que todos nos colocámos um dia, é a que flutua ao longo do livro: se Deus existe, então porque permite tanto sofrimento? 

Depois temos Tanner, um homem em busca do passado, e Kaitlyn, uma mãe divorciada com os seus dois filhos. Estas são as vidas que se enredam na de Jasper, quase sem darem por isso. 

Não deixa de ter uma pitada de romantismo, ou não fosse o seu autor Nicholas Sparks, mas, com imensas referências bíblicas, já que Jasper é um homem religioso, este é um romance extraordinário sobre como às vezes a felicidade depende de estarmos no sítio certo à hora certa. E mais não digo.



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